Relógio

sábado, 8 de outubro de 2011

Escritores da Liberdade


Escritores da Liberdade é um filme que relata a vida de adolescentes rebeldes, que são influenciados pelo meio em que vivem e nos da uma maior visão a questão cultural.

O filme começa nos mostrando como a escola em que esses alunos estudam é dividida em classes sociais, raças e principalmente dividida em gangues, nos mostra também a descriminação com esses alunos pelo fato deles serem delinqüentes e não dá crédito a questão de integrá-los a essa escola que era de alto nível, alegando que por culpa deles a escola não está mais no nível elevado.
Na verdade essa escola é muito conservadora, acreditava e investia naqueles que se enquadrava nos padrões impostos pela sociedade e acabava desrespeitando aqueles que não estão nesse padrão. E não foi diferente com esses alunos intitulados como a turma 203, pois os mesmos são de classes sociais baixa.
Conseqüentemente influenciou a esses alunos a terem atitudes negativas dentro da sala de aula e fortaleceu a má formação que eles tinham de si mesmo e se diziam ser incapaz.

Onde surge uma nova professora chamada Erin na turma, que irá ajudá-los a se descobrir. Mas antes mesmo disso acontecer eles irá dar rejeição a essa professora.
No primeiro momento eles a ignoram, mantinham na verdade o medo de serem descriminados e transmitiram isso na maneira rebelde que eles tinham.
A professora G como era também chamada pelos alunos percebeu que cada um tinha uma qualidade, eram pessoas iguais que passavam por muita das vezes pelos mesmos problemas sem saber. Ela resolveu então investir realmente neles, mas se surpreendeu com a coordenação da escola que não dava nenhum apoio moral a essa turma e muito menos apoio financeiro. Isto é mais evidente quando a professora G solicita livros aos seus alunos e a diretora não autoriza a utilização, (a diretora possibilitava materiais novos e de qualidade para alunos superiores, mas aos alunos delinqüentes apenas o que sobrava)

No começo a professora era ingênua, mas ao longo do seu trabalho na turma deu lugar a uma pessoa com atitude e autoridade.
Erin mesmo que sem o apoio da escola resolve então levar materiais de qualidade aos seus alunos por meios financeiros próprios.
Criou novos métodos para estimular os seus alunos a escrever e a ler e colocou a cada um deles um diário para auxiliar em suas angustias e aflições, sem constrangimentos perante todos da turma, cabendo a eles autorizar a professora ler ou não. A resposta a esses métodos foi positiva e a aproximação da professora com seus alunos ficou ainda maior.
Através de seus esforços permitiu a sua classe que percebesse o quanto ela os valorizava e respeitava. Desta maneira os alunos passaram a ir à escola por prazer e não por obrigação. Transmitiu a eles a possibilidade de se sentir capaz e acreditar no crescimento de suas vidas pessoais.

Erin nos alerta também para a questão da ética, percebe-se que ela foi ética quando correu atrás dos seus objetivos sem passar por cima de ninguém. Sua atitude influenciou Eva (uma de suas alunas) a mudar seu testemunho no tribunal, Eva iria incriminar um inocente só para defender sua gangue. Ressaltando assim que qualquer atitude tomada pelo professor em sala reflete ao aluno.


A professora G esclarece que desistiu de exercer a profissão de Direito para ser Educadora porque é na escola (na educação) que se deve defender o jovem e não perante a justiça (no tribunal).
O filme nos mostra com clareza que os desafios impostos para a professora G são colocados ainda hoje aos professores. Cabendo a cada um de nós docentes mostrar que ninguém é melhor que ninguém só porque tem poder, que escola nenhuma pode dizer quem é capaz de estar em uma sala melhor ou ter mais oportunidade de ensino.
Assim como a professora Erin, nós educadores não devemos negar os direitos dos alunos e temos que enfrentar tudo pelo bem deles. Definindo assim, ser professor é... Ter coragem, força de vontade e amor.